domingo, 14 de abril de 2013

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  1.  

    O começo

       
  2.  

    Problemas internos

  3.  

    Poder espiritual e material

  4.  

    Situação da igreja católica

  5.  

    a influência

  6. Igreja atual

O começo


Introdução



      No ano de 391, a religião cristã foi transformada em religião oficial do Império Romano. A partir deste momento, a Igreja Católica começou a se organizar e ganhar força no continente europeu. Nem mesmo a invasão dos povos bárbaros (germânicos) no século V atrapalhou o crescimento do catolicismo.

A influência da Igreja 

      Durante a Idade Média (século V ao XV) a Igreja Católica conquistou e manteve grande poder. Possuía muitos terrenos (poder econômico), influenciava nas decisões políticas dos reinos (poder político), interferia na elaboração das leis (poder jurídico) e estabelecia padrões de comportamento moral para a sociedade (poder social). 

      Como religião única e oficial, a Igreja Católica não permitia opiniões e posições contrárias aos seus dogmas (verdades incontestáveis). Aqueles que desrespeitavam ou questionavam as decisões da Igreja eram perseguidos e punidos. Na Idade Média, a Igreja Católica criou o Tribunal do Santo Ofício (Inquisição) no século XIII, para combater os hereges (contrários à religião católica). A Inquisição prendeu, torturou e mandou para a fogueira milhares de pessoas que não seguiam às ordens da Igreja. 

      Enquanto parte do alto clero (bispos, arcebispos e cardeais) preocupava-se com as questões políticas e econômicas, muitos integrantes da Igreja Católica colocavam em prática os fundamentos do cristianismo. Os monges franciscanos, por exemplo, deixaram de lado a vida material para dedicarem-se aos pobres. 

A cultura na Idade Média foi muito influenciada pela religião católica. As pinturas, esculturas e livros eram marcados pela temática religiosa. Os vitrais das igrejas traziam cenas bíblicas, pois era uma forma didática e visual de transmitir o evangelho para uma população quase toda formada por analfabetos. Neste contexto, o papa São Gregório (papa entre os anos de 590 e 604) criou o canto gregoriano. Era uma outra forma de transmitir as informações e conhecimentos religiosos através de um instrumento simples e interessante: a música. 

Problemas internos

                                     
                                Problemas internos


   O enriquecimento da igreja acabou criando problemas internos. Diversos membros do alto clero passaram a levar uma vida de luxo e riquezas, afastando-se das questões religiosas. Muitos cristãos, no entanto, não concordavam com essa vida de luxo e acreditavam que igreja deveria retornar ás suas origens. 
  
 Alguns desses religiosos criaram, então, as ordens monásticas, como a dos beneditino, a dos franciscanos e a dos dominicanos. Essas ordens, de modo geral, defendiam que os católicos deveriam viver de maneira simples, rezando, estudando, trabalhando e ajudando os pobres e necessitados. 
                                                            

Poder espiritual e material

                                           
                              Poder espiritual e material


   Vários fatores permitiram a igreja Católica consolidar seu poder na Europa medieval. As alianças estabelecidas entre a igreja e os reis germânicos resultaram na conversação de grande parte da população da Europa ao cristianismo. Com o aumento do numero de cristãos, aumentou também a influencia da igreja: um grande número de pessoas seguia os ensinamentos cristãos e submetia-se ás suas regas. Isso contribuiu para fortalecer a identidade cultural cristã na Europa medieval

   Por outro lado, com o crescimento do numero de fieis, aumentaram também as doações de terra e de dinheiro que a igreja recebia. Desse modo, a igreja Católica acabou se tornando a maior proprietária de terras na Europa, numa época em que a terra era a principal fonte de riquezas.
                                                                       



                                                       

Situação da igreja católica

                             
        Durante a Idade Média, a Igreja Católica experimentou seu momento de maior poder e expressão na sociedade. Toda a vida civil estava regulada pelas observações religiosas.
As estações do ano agrícola, as reuniões das assembleias consultivas, o calendário anual eram marcados pelas atividades religiosas.

        A vida cotidiana era toda impregnada por pequenos rituais católicos, que demonstravam o grande poder da religião. As doenças epidemias e catástrofes eram geralmente atribuídas ao Diabo, e eram resolvidas por meio de exorcismos, sinais da cruz e outros simbolismos católicos. O poder da Igreja diferenciava-se dos demais, uma vez que além do território sob sua jurisdição política ela tinha o poder espiritual sobre quase todo o território europeu.

         Esse domínio, construído durante a Idade Média, consistia em estar presente na vida das diferentes camadas sociais. Era a Igreja que representava, pela sua função religiosa, a segurança para a população medieval atemorizada com a morte e, sobretudo, com o que pudesse ocorrer depois da morte. Essa influência, a princípio puramente espiritual, passa a estender-se para o político, na medida em que eram os papas que coroavam os imperadores, nas cerimônias de sagração.

a influência

                                                      
Durante o governo do imperador romano Nero, os cristãos sofreram uma das maiores perseguições em Roma: foram torturados, empalados e hostilizados nas arenas durante espetáculos públicos. No ano de 313, o imperador Constantino deu liberdade de culto aos cristãos e, a partir de então, o cristianismo passou a agregar novos adeptos em Roma, tornando-se a religião oficial do Império Romano em 390, ato instituído por Teodósio.

Após as invasões dos povos germânicos (bárbaros) e com a crescente crise e decadência do Império Romano, a Igreja Católica aliou-se aos bárbaros, cristianizando-os, dominando e conquistando os vastos territórios ocidentais do Império Romano. As principais alianças se deram com os francos e, posteriormente, com o Império Carolíngio (na figura de seu grande imperador Carlos Magno). Juntamente com a Igreja Católica, propuseram reconstruir a magnitude do Império Romano do Ocidente, o chamado Sacro Império Romano Germânico.

Durante a Idade Média, a Igreja Católica, a fim de demonstrar seu poder político e também levando em conta a crença da salvação das almas dos hereges, instalou a Santa Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício. As pessoas acusadas de heresias eram interrogadas por membros do clero, podendo ser torturadas ou queimadas nas fogueiras. A Santa Inquisição foi estabelecida por dois principais motivos: primeiro, a efetivação do poder político católico (as pessoas que questionassem a fé católica eram consideradas hereges); e segundo, os católicos acreditavam estar libertando as almas dos hereges, portanto, o corpo pereceria, mas a alma considerada eterna estaria salva. Com essas justificativas, os católicos torturaram e mataram um grande número de pessoas.

Igreja atual

                                        

                                       



Hoje a igreja católica tem menos poder temporal que na Idade Média, logo seu campo de ação está mais restrito.

Existem também grupos e linhas dentro da igreja que tentam uma aproxiamação diferente em relação às questões sociais, embora não tenham muita força dentro da instituição, e sejam muitas vezes combatidos ou vistos com maus olhos.

O establishment da Igreja, por outro lado, não apresentou muitas mudanças, além daquelas impostas pelas condições (como a perda de poder e riqueza): continuam a ver os problemas sociais como um "mal do mundo", que não merecem muita atenção real da igreja, além de pequenos pronunciamentos, enquanto em questões específicas e pessoais, mas que abalam os dogmas da igreja, ela tende a ter respostas fortes e, mesmo descabidas, como tem sido a atitude da igreja em relação ao aborto dos fetos da criança de 9 anos que foi estuprada em Pernambuco, a questão do uso da camisinha ou da permissão de casamentos homossexuais.

Outro fator que não mudou muito é a luta da igreja para manter o mito da infalibidade de seus sacerdotes: casos de pedofilia entre padres são constamente acobertados pela igreja, em nome da "imagem" da ICAR.

Em resumo, a Igreja ainda não se conformou com o crescimento da laicidade e a consequente perda de poder que sofreu. Para alguns setores da igreja, e justamente aqueles que ainda detêm o poder, a Igreja Católica atual ainda é o poderoso ator político de antigamente, que tinha nas mãos o destino espiritual do mundo ocidental...